.

ENTREVISTA COM NEGO BALA
Neste mês Cristiano Nego Bala esteve em Brasília para rever a família e os amigos, e é claro matar a saudade de andar de skate no cerrado. A ASC bateu um papo com o soró (como é conhecido no guará) pra saber como anda a vida de profissional na terra de arranha-céu e a visão dele do skate em Brasília. Confira!

Que motivos o levaram a mudar-se para São Paulo para seguir a carreira de skatista profissional? A necessidade de patrocínio, e de pistas para treinar por que na época não existia pistas aqui em Brasília, ficar mais perto de possíveis patrocinadores, ficar em contato com alguns profissionais e mídias do skate e entrar no ranking nacional.

Você acompanha frequentemente o desenvolvimento do skate em Brasília? Qual sua avaliação sobre o esporte na capital federal? Acompanho sempre, vejo que aqui os skatistas tem um alto nível de skate, sempre se destacam em competições fora do df, estão sempre atualizados em um skate técnico e competitivo. Falta patrocinadores, estrutura para os skatistas, eventos de alto nível como competições federadas. Outros esportes como futebol, vôlei, natação estão com grandes patrocinadores e o skate não conta com nenhum, aqui em Brasília tem vários empresários que poderiam valorizar o skate.

A ASC está organizando a realização no Distrito Federal de um circuito regional amador em parceria com a Confederação Brasileira de Skate. Para você, que já se profissionalizou no esporte e é de Brasília, qual a importância de correr em casa as etapas de um circuito em nível de Confederação? Com um circuito federado pela cbsk fica fácil se tornar profissional, conseguir patrocínios de fora do estado, skatistas de todo o Brasil irão participar. A mídia valoriza eventos que são federados pela cbsk dando prioridade de cobertura para esse tipo de competição.

Incentivos como bolsa atleta e patrocínio são hoje as principais chances do atleta do skate se profissionalizar? O bolsa atleta hoje não segue suas próprias normas, não consigo entender. É uma bolsa destinada para atletas que não tem patrocínio, mas na verdade os atletas contemplados tem patrocínio, ganham dinheiro. Outra crítica ao bolsa atleta é que como o Ministério do Esporte quer que o atleta esteja entre os 3 melhores do ranking nacional ou mundial se ele não tem estrutura, não tem um bom lugar para praticar, sem incentivo algum.

Que outras iniciativas você destaca para acessar o nível profissional do esporte? Treinar bastante, competir fora do DF, filmar, tirar fotos, divulgar mais seu trabalho utilizando todos os meios possíveis de comunicação.

Que mensagem você envia aos skatistas que vivem a expectativa de se profissionalizar? Nunca desista de seus sonhos, de seus objetivos, todos podem chegar lá. É 100 massagem nego!!!

Foto: Vato Santos